Reativação do blog pessoal

Depois de um hiato de aproximadamente 5 anos, decidi voltar a escrever um blog. Retorno mais experiente e já tenho algumas ideias de futuros assuntos!


Conforme vinha comentando em minhas redes sociais, principalmente no Twitter, com a aquisição do domínio caiocesar.org, eu pretendia não só colocar uma landing page, com uma espécie de “cartão de visitas” ou página de boas vindas na Web, mas também migrar todo o conteúdo que eu produzi no Medium entre 2014 e 2017.

Depois de planejar a migração, optei pelo tema FeelIt para o Hugo, reorganizei a hospedagem em torno de dois subdomínios (um para a página de boas vindas e outro para o blog) e comecei um lento processo de migração do conteúdo e customização do tema e seus shortcodes.

Com o novo blog, pretendo produzir conteúdo sobre uma série de assuntos, a saber:

  • Sistemas operacionais (principalmente Linux e BSDs);
  • Cartografia e geoprocessamento;
  • Processos de extração, tratamento e carga de dados;
  • Análises de dados (coisas simples, nada de estatística pesada);
  • Videogames e computadores retrô,

É possível que eu desenvolva conteúdos sobre criptoativos específicos para o blog, mas ainda não bati o martelo. Não tenho certeza, até porque acredito que a maioria do meu círculo social ainda enxerga ativos digitais como sendo uma categoria de “jogos de azar”, de pirâmide financeira (ou outro tipo de golpe semelhante) ou apenas como um “fetiche anarcocapitalista”. Embora eu não negue que o mercado cripto esteja inundado de ativos tóxicos (e vários deles são, de fato, pirâmides ou golpes), acredito que há espaço para tanto para discussões fundamentalistas quanto para discussões tecnológicas, sempre pensando em aplicações com foco técnico (como a construção de bancos e moedas populares ou discussões sobre a arquitetura dos softwares envolvidos ou dos mecanismos de consenso e validação transacional) ou em investimento para o longo prazo (10 anos ou mais) — justamente por acreditar que há espaço, eu tenho produzido conteúdos para a Mercurius desde o ano passado.

Eu compreendo que sou uma figura bastante excêntrica em meus interesses. Não vou conseguir agradar ou fornecer respostas para todas as pessoas. Não é comum encontrar outro indivíduo que, como eu, concilie interesses em urbanismo e planejamento territorial; software livre; cartografia e análise e tratamento de dados; sistemas operacionais; e ativos digitais.

Também compreendo que parte dos meus amigos à esquerda fique revoltada ou desgostosa com o meu interesse no mundo cripto, porém, eu enxergo muitos aspectos e oportunidades interessantes. E, francamente, tenho percebido um “repúdio automático”, muitas vezes baseado em senso comum ou completa ignorância, que não qualifica debates. Não vou propagar achismo ou ignorância apenas para ser validado socialmente, lamento.

Ah, e ainda sobre a esquerda, a minha tese é muito simples: se a pessoa acredita que o Brasil pode sofrer uma ruptura democrática (ou seja, um golpe, com risco de confisco das contas bancárias de dissidentes) e/ou se a pessoa deseja reduzir sua exposição ao sistema bancário (e, consequentemente, aos banqueiros), então a pessoa deveria estudar mais sobre blockchain e os ecossistemas de código aberto que estão sendo construídos. Simples assim.

Finalmente, falando em qualificação de debates, como alguns de meus amigos já sabem, eu sempre vou priorizar fazedores no lugar de reclamantes. Gosto de quem coloca a mão na massa. Desde 2014, por meio do COMMU (Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana), tenho escrito sobre uma série de temas ligados à área de políticas públicas e do planejamento territorial, discutindo cidades, mobilidade urbana, governança metropolitana etc. Se tem uma coisa que eu aprendi com o COMMU, é que debater com maturidade exige muito trabalho. Reclamar é muito mais fácil do que tentar construir um debate minimamente embasado.

E você, é um fazedor ou apenas reclama?